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10 anos de monitoramento
O outro lado do problema das amostragens relâmpago, são as perpétuas.
Eu tenho visto empresas e pesquisadores que monitoram as mesmas rodovias por 5, 6, … 10 anos, sempre buscando a informação perfeita, conhecer a totalidade das espécies afetadas.
Estes estudos se perpetuam sem que nenhuma atitude efetiva seja implementada para se reduzir os impactos da mortalidade de animais. Assim, são estudos contínuos sem nenhuma efetividade no processo de conservação e são gastos dezenas de milhares de reais em atividades inócuas.
Já comentei anteriormente que monitoramentos de animais atropelados devem ser uma ferramenta para obtenção de dados para tomada de decisão e NUNCA devem ser considerados como uma ação de mitigação.
Em resumo
Bons profissionais, sejam acadêmicos ou do meio empresarial, conseguem avaliar se monitoramentos foram efetivos ou não. Métodos estatísticos existem aos montes e estão disponíveis na internet.
Se você está realizando o monitoramento para seu TCC ou mestrado, em algum momento terá de encerrar o período de amostragem. Se você está seguindo um T.R., provavelmente seguirá o requerido e nem um dia mais.
A grande questão aqui é como você analisa estes dados e “venderá” os resultados. Se for coerente e cientificamente correto, apresentará as possíveis falhas e ausências, indicando como suprir estas carências. Se a legislação ambiental é falha ao propor os protocolos de amostragem e nas exigências dos esforços amostrais, cabe aos profissionais serem éticos e analisarem seus resultados com coerência científica.
Artigos anteriores
Se você chegou agora e perdeu os outros três posts da Série Monitoramento de Fauna Atropelada, os temas e links são:
- Dica 1 | Vantagens e desvantagens de monitoramentos sistemáticos e eventuais
- Dica 2 | A importância da taxa de atropelamento
- Dica 3 | Diferentes velocidades com diferentes resultados
- Dica 4 | Quando 2 são + que muitos
Onde obter mais informação?
Se você deseja saber mais sobre este ou outros assuntos relacionados a infraestrutura viária e biodiversidade sugiro busque outros posts ou mesmos os textos técnico/científicos que compartilho aqui no BAB.
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