Atropelamentos de vertebrados em Unidades de Conservação

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Análise dos atropelamentos de vertebrados terrestres em Unidades de Conservação brasileiras à escala da paisagem

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Autor

Mardiany Ribeiro dos Reis

Ano

2016

Resumo

Dentre os impactos negativos sobre a biodiversidade o atropelamento de animais silvestres vem sendo considerado um dos mais preocupantes recentemente. Por isso é necessário compreender quais os fatores que levam a uma maior incidência de atropelamentos em determinados trechos. As características da paisagem e da estrada têm sido consideradas como fatores que podem promover a incidência de atropelamentos.

O objetivo deste trabalho foi compreender a relação da paisagem circundante às rodovias e a presença/ausência de estruturas viárias com a ocorrência de atropelamento de anfíbios, répteis e mamíferos. Utilizamos dados de atropelamentos de animais silvestres dos anos de 2013 e 2014 de cinco Unidades de Conservação brasileiras. Foram construídos modelos lineares generalizados mistos para avaliar a relação entre a ocorrência de atropelamentos e as variáveis da paisagem (tipo de uso e cobertura do solo) e a presença de passagens (pontes e tubos de drenagem).

A paisagem circundante mostrou-se mais importante para a maioria dos grupos taxonômicos: o atropelamento de anfíbios está positivamente relacionado com a silvicultura e negativamente com o campo e agricultura; a mortalidade de répteis está associada à agricultura e vegetação nativa e os escansoriais pequenos têm uma associação negativa com a silvicultura.

No grupo de semi- fossoriais, a presença de pontes está relacionada com a redução de probabilidade de atropelamentos e a presença de tubos de drenagem com o aumento. Dependendo do grupo alvo sugere-se adotar medidas para reduzir a probabilidade de atropelamento baseadas no uso do solo.

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