Efeito de escalas temporais na definição de medidas de mitigação de impactos de rodovias

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Efeito de escalas temporais na definição de medidas de mitigação de impactos de rodovias

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Autor

Aline Saturnino Costa

Ano

2014

Abstract

A eficiência de uma medida de mitigação está relacionada ao seu local de instalação, que é determinado pela distribuição dos atropelamentos na rodovia variando no tempo e entre espécies. Avaliamos a influência do padrão temporal dos atropelamentos na definição de locais para instalação de medidas de mitigação, identificando a sazonalidade dos atropelamentos em diferentes grupos de vertebrados e o número de amostragens necessário para definir a distribuição dos atropelamentos. Os dados foram coletados em 2002 e 2005 no sul do Brasil e as análises realizadas para todos vertebrados reunidos, cada classe taxonômica, algumas espécies e grupos de espécies.

Utilizando a função de autocorrelação encontramos sazonalidade nos atropelamentos de RÉPTEIS, H. infrataeniatus e T. merianae em 2002 e em VERTEBRADOS, RÉPTEIS e T. merianae em 2005. Com o GAMM verificamos que a temperatura mínima do dia anterior ao monitoramento foi a variável ambiental com maior correlação com os atropelamentos dos grupos de répteis e aves, enquanto para os grupos de mamíferos o dia do ano foi a variável com maior correlação.

Para definir o número de amostragens necessário para obter o mesmo padrão de distribuição dos atropelamentos obtido com uma amostragem anual, comparamos a distribuição das densidades de atropelamentos observada com a distribuição obtida em amostragens aleatórias. AVES e as espécies com atropelamentos sazonais necessitam de um maior número de amostragens, embora a distribuição dos atropelamentos nos períodos de maior atropelamento seja semelhante a anual. Para os demais grupos a distribuição de densidades dos atropelamentos semelhante a anual é obtida com até 12 amostragens.

Para aumentar a efetividade das medidas de mitigação é necessário definir a espécie a ser mititgada, pois os grupos apresentam diferenças quanto as variáveis relacionadas ao atropelamento e o número de amostragens necessário. Assim, o número de amostragens deve ser definido de acordo com o grupo de espécies avaliado, considerando ainda que um ano de amostragens pode não ser suficiente devido a diferença na distribuição de densidade de atropelamentos entre os anos.

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